Autora: Fernanda Mello
Editora: Neutra
"Fernanda Mello é direta. Revela toda a delicadeza e segredos do mundo feminino, que o masculino deveria exteriorizar. Sem medos e nem rodeios, fala de um mundo vivido e sobrevivido. O cotidiano de uma mulher que se inspira em paixões e respira desejos. Desejos de um mundo bucólico e sempre veemente. Como cartas de amor, deixa transbordar um cotidiano ávido. Sempre pronta para seguir em frente, dar o próximo passo, suas palavras saem direto do coração. Princesa de rua é exatamente a mulher de hoje, século XXI, em qualquer lugar do mundo. Um coração cheio de razão e pronto para dizer sim ou não, em poucos segundos. Apenas o aceitável é inaceitável. Viver só se for por inteiro. Pelas ruas se aprende verdades que saciam e mentiras que oxigenam, mas apenas sobrevive o que provém da alma. Simples, como naturalmente é, como se nasce e como se morre, deveria ser como se vive. Nas rua, sem castelos, sem coroas e sem arbítrio. Apenas o coração como guia." Gerson Barral
Preciso começar dizendo que eu AMEI esse livro. Sabe quando você lê um trecho e pensa "Caramba, isso foi escrito pra mim"? Então, o livro inteiro eu pensei assim, eu me via nas frases. Não em todas, mas uns 90%.
E não, não é um livro de auto-ajuda. É um livro de crônicas e poesias. Repleto de versos, rimas, sentimentos. Escritos de uma forma simples, uma linguagem de fácil compreensão, tipo conversa entre amigos, desabafos, verdades jogadas na cara, 'coração na boca', essas coisas.
A autora fala de coisas do cotidiano, de experiências vividas, de esperanças, de amores, de incertezas. De situações que todo mundo alguma vez já passou na vida, ou ainda vai passar.
Enfim, nos versos de Fernanda Mello eu pude rir, pude pensar 'sou eu' ou 'isso já aconteceu comigo', tive um pouco de nostalgia também, e pude guardar muita coisa boa. Falando assim fica parecendo um livro cheio de lições de moral, mas não é, na verdade elas nem existem no livro. Mas sim, o livro te faz pensar, refletir, rir e se apaixonar.
"A Fernanda é capaz de brincar, sapatear nos corações e no meio da brincadeira parir alguns versos eternos, que são tanto a cara da geração dela quanto a cara da minha própria, lembram James Taylor, Carole King, Bob Dylan, a mesma pontuação, o mesmo olhar, o mesmo sentido de liberdade." Márcio Borges
É um livro pra se ter na cabeceira. Do tipo que se pode ler e reler e reler e reler e continuar encontrando sentido em cada frase e em cada verso.
Eu costumava dizer que Caio Fernando Abreu me entenderia. Agora posso dizer também que Fernanda Mello me entenderia.
Nem preciso dizer que eu super recomendo né?
Quem quiser conferir alguns textos da autora, ela tem um blog muito bacana tbm:
Coração na Boca