Toda Poesia - Paulo Leminski

sábado, 26 de outubro de 2013

Autor: Paulo Leminski
Editora: Companhia das Letras
Páginas: 421

Ao conciliar a rigidez da construção formal e o mais genuíno coloquialismo, o autor praticou ao longo de sua vida um jogo de gato e rato com leitores e críticos. Se por um lado tinha pleno conhecimento do que se produzira de melhor na poesia do Ocidente e do Oriente, por outro parecia comprazer -se em mostrar um à vontade que não raro beirava o improviso, dando um nó na cabeça dos mais conservadores. Pura artimanha de um poeta consciente e dotado das melhores ferramentas para escrever versos.

Este volume percorre, pela primeira vez, a trajetória poética completa do autor curitibano, mestre do verso lapidar e da astúcia. Livros hoje clássicos como Distraídos venceremos e La vie en close, além de raridades como Quarenta clics em Curitiba e versos já fora de catálogo estão agora novamente à disposição dos leitores, com inédito apuro editorial.


“Fazia Tempo que eu não me sentia tão sentimental”. Pág. 239

Não poderia começar de outra maneira que não citando uma poesia do próprio Paulo Leminski. O livro Toda Poesia traz toda a obra publicada do autor e como toda poesia, transborda sentimentalismo e sensibilidade.

É difícil falar sobre um livro de poesia, já que não existe um arco narrativo e alguns versos podem encantar mais do que outros. Conhecia Leminski apenas de nome e ao terminar a leitura meu primeiro pensamento foi: “Por que eu não li antes?”. Todos devem ler a obra do poeta, mesmo quem tem um pé atrás com a poesiavai se encantar com a profundidade e ao mesmo tempo simplicidade com que o autor escreve suas rimas.

Frases curtas carregadas de sentido e sentimentos. Leminski não utiliza frases de efeito, grandes poemas ou escrita formal. Os versos falam sobre a vida, amor, poesia, sofrimento e humor. Sentimentos presentes em todos.  Alguns versos são curtos e ‘jogados na nossa cara’ pela rapidez com que se lê, mas de alguma forma são absorvidos pela alma. Do tipo que quando se termina a leitura ainda é possível ficar algum tempo pensando e repensando os versos.

Leminski trabalha com as palavras de forma que cada um pode tirar sua interpretação das frases. Provavelmente e quase certamente a minha não é a mesma que o autor pensou quando escreveu, nem a de outra pessoa que possa ter lido. Assim como provavelmente o que eu li agora não vai me afetar da mesma maneira daqui a um tempo.

O livro é de leitura rápida, dá para se ler em uma tarde. Mas por favor, não leiam em uma tarde. O livro a ser apreciado e degustado em pequenas doses. E não necessariamente na ordem. Por que não abrir em uma página qualquer e ler um verso?Com certeza essa poesia vai se encaixar em algum momento da nossa vida.

‘Toda Poesia’ é um livro atemporal. Pode-se ler dez vezes e em cada uma haverá uma coisa nova a ser absorvida e fazendo sentido diferente.

Outro ponto que merece destaque é o ótimo trabalho de diagramação feito pela editora. Alguns versos apresentam uma espécie de brincadeira com as palavras, que são misturadas de modo a formar imagens. Não sei se isso foi pensado e escrito pelo autor e replicado pela editora, de qualquer modo é um trabalho muito interessante, inclusive para a leitura, que não fica cansativa em nenhum momento.

‘Toda Poesia’ deveria ser leitura obrigatória, para amantes do gênero ou não. Leminski é mestre em colocar um pouco de si nas palavras ao mesmo tempo em que dá margem para que também nos coloquemos. É um livro para se ter sempre por perto.


"isso de querer ser exatamente aquilo que a gente é
ainda vai nos levar além" Pág. 228

Tipo Destino - Susana Colasanti

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Autora: Susane Colasanti
Editora: Novo Conceito:
Páginas: 288
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Lani e Erin são melhores amigas, embora não tenham muito a ver uma com a outra. Lani é uma taurina tranquila e Erin é a impetuosa leonina. Uma adora Astrologia (e outras artes adivinhatórias também) e ficar em casa; a outra gosta de pessoas e baladas. Suas preferências — incluindo pizzas e meninos — são bastante diferentes, ou eram, até que Erin começou a namorar Jason. Assim que Lani conheceu o namorado de Erin, sentiu uma enorme conexão com ele. Uma sensação de que já se conheciam a vida toda. E, apesar de acreditar que ele sentia o mesmo, ela sempre soube que Jason estava fora de cogitação, afinal, ele era quem ele era! Ela decidiu ignorar seus sentimentos. Não importava o quanto quisesse ficar perto de Jason, nada a demoveria da ideia de se manter distante dele. Então, Erin viajou durante todo o verão.


Lani e Erin são diferentes, tanto na personalidade quanto nos gostos pessoais, mas são inseparáveis desde um acidente que sofreram quando mais novas. Erin é popular e se apaixona por Jason. Lani dá a maior força para a amiga engatar o romance e quando conhece o garoto, percebe que eles tem muita coisa em comum e acaba se interessando por ele, mas tenta ignorar isso devido a ele ser namorado da sua amiga.

A história não é fantasiosa, já que é uma coisa que todo mundo está sujeito, mas a forma como o assunto foi desenvolvido ficou um pouco forçado. Erin não aparece muito no livro, mas desde o momento em que ela se interessou por Jason, eu nunca vi o interesse dele por ela, sempre me pareceu que ele estava estava 'a fim' da Lani. E aí, de repente ele e Erin já estavam namorando.

Lani tem poucos amigos, então os momentos de intervalo e almoço na escola ela passa na companhia do novo namorado da amiga. E são nesses 'encontros' que eles percebem que tem várias coisas em comum e acabam se apaixonando, mas Lani faz questão de manter o relacionamento apenas na amizade, por causa da amiga.

A partir daí qualquer coisa que eu falar pode ser um spoiler, mas depois de algumas coisas que acontecem e para ficar bem com amiga, Lani toma algumas decisões que me fizeram querer dar uns tapas na personagem. Não considero que Erin seja tão amiga dela assim devido ao jeito que trata Lani e as coisas que faz. E Lani é idiota o suficiente para aguentar tudo da outra porque é 'amiga'.

Jason é um personagem muito bacana, é o tipo de garoto que todo mundo deve conhecer alguém parecido, com características de qualquer adolescente normal, sem frescuras exageradas. Como já citei, ele nunca me pareceu interessado na Erin, desde o começo dava para ver que ele gostava da Lani, então não entendi essa parte do romance, mas enfim, ele é um personagem bacana [2];

Outro personagem que merece destaque é Blake, o amigo gay de Lani que passa por alguns problemas devido ao preconceito que algumas pessoas têm. 

Muita coisa me incomodou no livro, não consegui gostar ou me identificar com as personagens ou com as situações vividas por elas e algumas coisas achei um pouco exageradas. Erin é uma patricinha que não é amiga de ninguém, muito menos de Lani. Já Lani aceita tudo como se fosse obra do destino e tem que ser assim mesmo, além de se preocupar muito com a opinião das pessoas e em não magoar os outros, deixando de fazer o que tem vontade. Os secundários, como o Blake e o Connor, que faz uma matéria com Lani, foram os que eu mais gostei, mas quase não aparecem. 

Não é uma história engraçada, nem com grandes lições, apesar de no fim ser possível ver um amadurecimento nas personagens. A narrativa é fácil e prende, a leitura é leve e rápida, então fica a dica para quem procura um livro para uma leitura descompromissada. 

"Talvez tudo o que aconteça em nossa vida não tenha sido decidido antes pelo destino. Talvez tenhamos alguma influência no que acontece... Se quisermos alguma coisa com muita intensidade, isso pode mudar nosso destino? Ou as coisas se tornam verdades de qualquer forma, não importa o que façamos?" Pág. 254

Lançamento: Quero ser seu - Bella Andre

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Título: Quero ser seu
Autora: Bella Andre
Editora: Novo Conceito
Lançamento: 04/11
Páginas: 288

Ryan Sullivan sempre gostou muito de Vicki, a quem conheceu na adolescência, quando ela lhe salvou a vida: no estacionamento da escola, um carro desgovernado só não o atropelou porque Vicki o empurrou para longe. Desde então, eles se tornaram melhores amigos - pelo menos, melhores amigos até onde um homem e uma mulher lindos e sedutores conseguem ser. O tempo passou, Vicki casou-se e se separou, e Ryan seguiu sua vida de solteiro. Até o dia em que Vicki pediu-lhe um favor: será que Ryan poderia fazer as vezes de seu namorado para afastá-la de um homem mal-intencionado e pegajoso? Ryan não negaria esse favor a sua amiga, de forma alguma. Não só pelo carinho que nutre por ela, mas também por uma característica de sua personalidade: Ryan faz o tipo protetor (o tipo de homem com que toda mulher sonha em algum momento da vida). Agora, depois de brincarem de namorados, será que os dois conseguirão manter a amizade de sempre?

Sobre a autora:                                                                Bella Andre é autora best-seller do The New York Times e do USAToday, com mais de 1,5 milhão de livros vendidos no mundo. É conhecida por escrever histórias fortes e sensuais que oferecem romances inebriantes. Seus livros foram traduzidos para nove línguas e aparecem frequentemente no Top 10 da Amazon, Barnes.

Confira as resenhas dos quatro primeiro da série 'Os Sullivan':
Um olhar de amor  
Não posso me apaixonar 
Por um momento apenas
Só tenho olhos para você

Lançamento: Anjos à mesa - Debbie Macomber

Título: Anjos à Mesa
Autora: Debbie Macomber
Editora: Novo Conceito
Páginas: 224
Lançamento: 04/11
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Shirley, Goodness e Mercy são anjos muito ocupados, especialmente durante as festas de fim de ano. Junto com o aprendiz Will, elas se preparam para trabalhar na festa de Ano-Novo da Times Square.
Will identifica dois solitários no meio da multidão e decide que a meia-noite será o momento perfeito para dar um empurrãozinho e provocar um encontro. Então, ‘por acidente’, Lucie e Aren esbarram-se no meio da alegria da festa e a paixão é despertada. Marcam um encontro que não acontece e, da mesma forma como se encontraram, acabam se perdendo novamente pelo resto da vida. Ou será que não?
Um ano depois, Lucie é a chef de um aclamado restaurante, e Aren é crítico de gastronomia de um grande jornal de Nova York. Durante todo o ano que passou os dois não se esqueceram um dou outro. Shirley, Goodness,  Mercy e Will também não esqueceram do casal...
Para uni-los novamente, os anjos vão recorrer a uma receita antiga mas certeira: uma segunda chance (e uma boa dose de confusão), para criar um lindo milagre de Natal.


Sobre a autora: Debbie Macomber é uma das principais vozes femininas da literatura norte-americana. Sete de seus romances chegaram ao primeiro lugar na lista dos mais vendidos do The New York Times, e três deles também estrearam em primeiro lugar do USA TOday e do Publishers Weekly. Debbie Macomber já vendeu mais de 170 milhões de livros em todo o mundo.

Perdão, Leonard Peacock - Matthew Quick

domingo, 20 de outubro de 2013

Autor: Matthew Quick
Editora: Intrínseca
Páginas: 223
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Hoje é o aniversário de Leonard Peacock. Também é o dia em que ele saiu de casa com uma arma na mochila. Porque é hoje que ele vai matar o ex-melhor amigo e depois se suicidar com a P-38 que foi do avô, a pistola do Reich. Mas antes ele quer encontrar e se despedir das quatro pessoas mais importantes de sua vida: Walt, o vizinho obcecado por filmes de Humphrey Bogart; Baback, que estuda na mesma escola que ele e é um virtuose do violino; Lauren, a garota cristã de quem ele gosta, e Herr Silverman, o professor que está agora ensinando à turma sobre o Holocausto. Encontro após encontro, conversando com cada uma dessas pessoas, o jovem ao poucos revela seus segredos, mas o relógio não para: até o fim do dia Leonard estará morto. 



Volto a luz para a parte interior de seu braço.
Primeiro eles o ignoram, depois riem de você,
Em seguida lutam com você, e então você ganha.
[...]
- Mas por que você a tatuou tão alto no braço?
- Para não esquecer que eu ganho no fim.
- Como você sabe que vai ganhar?
- Porque eu continuo tentando. Pág. 182


Perdão, Leonard Peacock é um livro intenso, que trata de um tema sério e traz várias lições e, sendo narrado por um jovem de 18 anos, não é uma história pesada. É emocionante e real, com sentimentos e moções dosados na medica certa.

Leonard é um garoto que foi abandonado pelo pai, a mãe nunca se importou muito com ele e mudou de cidade devido a sua carreira de estilista e seu melhor amigo, Asher Bell, o humilhou quando eram mais novos. Desde então Leonard é praticamente sozinho. Apenas quatro pessoas são importantes para ele.

No dia de seu aniversário de 18 anos, Leonard decide matar o ex-amigo Asher Bell e em seguida cometer suícidio. O livro se passa nas 24 horas do dia do aniversário dele e acompanhamos o personagem quando acorda, vai para a escola e toda a trajetória desse dia.

O livro é narrado pelo Leonard e apesar de se passar em apenas um dia, na medida que as coisas vão acontecendo, ele conta suas memória, que é para o leitor saber o porque de tudo, o que levou ele a tomar essa decisão e qual a importância dessas pessoas que ele decide presentear no dia de seu próprio aniversário.

O livro é muito intenso e apesar de ser pequeno e de leitura rápida, traz muitas reflexões. É muito fácil ler e julgar o personagem pelas atitudes dele. Algumas vezes dá para pensar que por mais solitário e triste que ele fosse, nada justifica uma atitude tão drástica. Só que isso é outro ponto difícil de ser julgado, ninguém sabe como uma atitude marca uma pessoa, o que as vezes parece pequeno para alguns é muito grande para outros, e também é fácil dar opiniões quando não passamos pela mesma situação.

Leonard gosta de passar algum tempo analisando as pessoas ao redor e o que fazem com suas vidas. De poucos amigos, ele não se abre muito devido a traumas do passado. Tanto que ninguém sabe que é seu aniversário, e nesse ponto vemos o quão solitário e carente é o personagem, já que seu desejo secreto é que alguém o parabenize.

Esse é um livro muito atual, já que o assunto bullying está em bastante evidência e Leonard é uma vítima disso. Em uma aula, o professor orienta que os alunos escrevam cartas para si mesmos, como se estivessem no futuro conversando com seus eu de agora. É aí que percebemos, que apesar de todos os problemas, Leonard deseja ser uma pessoa normal, com uma família feliz e com amigos. 

O personagem é incrível, muito bem construído e com a medida certa de tristeza, sarcasmo, solidão. Um misto de sentimentos na cabeça de uma pessoa tão jovem e nos faz pensar nas nossas atitudes, que as vezes uma brincadeira pode ser mais séria para alguém do que imaginamos e também sobre o valor de pequenas coisas, que as vezes ignoramos enquanto é o que outras desejam. 

O livro é incrível e nos faz ficar pensando na história durante um tempo após a leitura. E como já citei lá em cima, mesmo com toda a carga dramática, não é uma leitura pesada e difícil. E apesar de todo o sofrimento e tristeza, Leonard consegue nos inspirar com sua história.

"Durante todo o tempo eu finjo ser um telepata. E, apenas com a minha mente, eu digo - ou penso? - para o meu alvo: 'Não faça isso. Não vá para esse trabalho que você odeia. Faça algo de que goste hoje. Ande de montanha-russa. Nade pelado no mar. Vá para o aeroporto e pegue o próximo voo para qualquer lugar apenas por diversão. Gire um globo terrestre, pare-o com o dedo e, em seguida, planeje uma viagem para aquele lugar. Mesmo que seja no meio do oceano, você poderá ir de barco. Coma alguma comida exótica da qual nunca ouviu falar. Pare um estranho e peça para lhe explicar em detalhes seus maiores medos, suas esperanças e aspirações secretas, e em seguida diga-lhe que você se importa. Porque ele é um ser humano. Sente-se na calçada e faça desenhos com giz colorido. feche os olhos e tente ver o mundo com seu nariz - permita que o olfato seja a sua visão. Ponha o sono em dia. Ligue para um velho amigo que você não vê há anos. Arregace as pernas da calça e entre no mar. Assista a um filme estrangeiro. Alimente esquilos. Faça alguma coisa! Qualquer coisa! Porque você inicia uma revolução, uma decisão de cada vez, toda vez que respira. Só não volte para aquele lugar miserável para onde vai todos os dias. Mostre-me que é possível ser adulto e também ser feliz. Por favor'." Pág. 46 e 47

(Perdoem o quote gigantesco, mas é impossível cortar ou escolher apensas um trecho) 

Lançamento: A Casa do Céu - Amanda Lindhout | Sara Corbett

Título: A Casa do Céu
Autoras: Amanda Lindhout e Sara Corbett
Editora: Novo Conceito
Páginas: 448
Lançamento: 04/11
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Trabalhando como garçonete, a jovem Amanda Lindhout economizou o dinheiro das gorjetas para conhecer o mundo. Viajou como mochileira pela América Latina, Laos, Bangladesh e Índia, além de outros países distantes.
Em países castigados pela guerra, como o Afeganistão e o Iraque, ela iniciou uma carreira como repórter de televisão. Até que, em agosto de 2008, Amanda chegou à Somália - "o país mais perigoso do mundo" - onde ela é sequestrada em uma estrada de terra por um bando de homens mascarados.
Mantida em cativeiro por 460 dias, Amanda se converteu ao islamismo como tática de sobrevivência, recebeu 'lições sobre como ser uma boa esposa' e se arriscou em uma fuga ousada. Fugir ou morrer pareciam as únicas alternativas possíveis para se livrar da dor, do medo e da humilhação.
A Casa do céu é a história íntima e dramática de uma jovem intrépida e de sua busca por compaixão em meio a uma adversidade inimaginável. Relatando a experiência real e traumática de quem viveu o pior lado da guerra civil, o livro fala sobre opressão, esperança e sobretudo perdão.


Sobre as autoras:                                            Amanda Lindhout é fundadora da Global Enrichment Foundation (Fundação para o Enriquecimento Global), uma organização sem fins lucrativos que apoia iniciativas para o desenvolvimento, educação e ajuda humanitária na Somália e no Quênia.                   Para mais informações, visite amandalindhout.com e globalenrichmentfoundation.com.                             Sara Corbett é colaboradora da revista do New York Times. Seus trabalhos apareceram em publicações como National Geographic, Elle, Outside, O (The Oprah Magazine), Esquire e Mother Jones.  :

Só tenho olhos para você - Bella Andre

sábado, 19 de outubro de 2013

Autora: Bela Andre
Editora: Novo Conceito
Páginas: 256
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Sophie Sullivan, uma bibliotecária de São Francisco, tinha cinco anos de idade quando se apaixonou por Jake McCann. Vinte anos depois, estava convencida de que o bad boy ainda a via como a gêmea Sullivan boazinha. Isso quando ele se dava ao trabalho de olhar para ela. Ao se envolver na magia do primeiro casamento dos Sullivan, Sophie sente que já passou da hora de fazer o que quer que seja preciso para que Jake a veja como a mulher que realmente é.
No entanto, ela terá dificuldade em mostrar a Jake que pode ser uma mulher forte e decidida, capaz de amá-lo para sempre. E não só porque ela é a inacessível irmã de seus melhores amigos, mas porque ele tem medo de tê-la perto demais. Na verdade, ele desconfia que seu segredo mais vergonhoso poderá ser desvendado.

Só tenho olhos para você é o quarto livro da série Os Sullivan e assim como acontece a cada livro que eu leio dessa série, esse me conquistou mais que os anteriores.

O bacana desse livro é que existe toda uma história por trás. Como eu já citei em algumas resenhas, o que me incomoda em romances eróticos é que as coisas acontecem rápido demais e em questão de pouco tempo os personagens estão trocando juras de amor.

Em Só tenho olhos para você, Sophie, a irmã mais nova dos Sullivan e que todos consideram a boazinha indefesa, sempre foi apaixonada por Jake, o amigo de longa data dos irmãos, que sempre a considerou exatamente isso, a irmã mais nova e indefesa de seus amigos. Como a história de amor já existe há bastante tempo, é bacana acompanhar toda a 'conquista'.

Jake é o garanhão que está sempre com uma mulher diferente, o famoso galinha. Por conta dessa fama e também por ser amigo dos Sullivan, nunca se atreveu a dar em cima ou olhar diferente para Sophie. Mas mesmo assim, Jake também tem sentimentos pela gêmea boa e eles acabam se envolvendo em determinado ponto da história.

Sophie seduz Jake no casamento de Chloe e Chase, eles passam uma noite juntos e cada um vai um lado. Posteriormente, Jake tenta provar para Sophie que também é apaixonado por ela. Mas se não fosse descrito anteriormente que ele era apaixonado por ela, eu não acreditaria nas declarações dele. Jake só abre o coração para Sophie depois que ocorrem algumas reviravoltas no livro e não me convenceu em nada. A relação deles foi construída de uma forma não muito romântica e eu esperava mais nesse quesito.

A narrativa da Bella Andre é fluída e prende a atenção, mesmo sem a história apresentar surpresas. A série Sullivan me surpreendeu positivamente, de modo que cada novo livro é sempre melhor que o anterior e a história melhor desenvolvida. Nesse livro em particular, as cenas de sexo, que estão bastante presentes, claro, estão inseridas em um contexto mais bem construído, de modo que não fica uma coisa gratuita só para dizer que é erótico.

Outra coisa bacana é acompanhar o restante da família Sullivan, inclusive os que já protagonizaram outros livros e dão as caras, assim como conhecer melhor os que ainda serão apresentados. E como cada livro é sobre um personagem, dá para ler os livros de forma independente ou fora de ordem que dá para entender direitinho.

Lançamento: O Presente - Cecelia Ahern

Título: O Presente
Autora: Cecelia Ahern
Editora: Novo Conceito
Páginas: 320
Lançamento: 04/11
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Se você pudesse pedir um único presente de natal, o que pediria?
Todos os dias, o impecável executivo Lou Suffern luta contra o tempo. Na empresa, está sempre correndo, participando de todas as reuniões, dando ordens por telefone. É sempre o primeiro a chegar e o último a sair. Quando está em casa, sua mente está constantemente no trabalho. Não usufrui da companhia da esposa (que, por sinal, nem sonha com as escapadas amorosas do marido) e não vê o crescimento dos dois filhos.
Numa gelada manhã de inverno, Lou conhece Gabe, um morador de rua que passa os dias na porta do luxuoso edifício onde Lou trabalha. Os dois começam um inusitado bate-papo e Lou fica intrigado com os comentários de Gabe. O mendigo é muito observador, e parece saber mais sobre as ligações perigosas na empresa do que alguém poderia supor. Ansioso por manter o controle de tudo, Lou decide manter Gabe por perto e lhe oferece um emprego. Mas em pouco tempo a presença do rapaz passa a incomodá-lo. Afinal, quem aguenta ter suas verdades questionadas o tempo todo? Como argumentar contra pontos de vista tão desconcertantes?
Quando começa a entender quem é realmente Gabe e as mudanças que ele começa a provocar em sua maneira de ver o mundo, Lou percebe que passará pela mais dura das provações.
Uma história encantadora sobre escolhas de vida que faz pensar no tempo que perdemos quando queremos ganhar tempo... Um romance sensível, sobre o que realmente vale a pena.

Sobre a autora: Cecelia Ahern é irlandesa e, antes de se tornar escritora, formou-se em jornalismo e meios de comunicação. Aos 21 anos escreveu seu primeiro romance, P.S. Eu te amo, que se tornou um best-seller e foi adaptado para o cinema. Seus romances posteriores, O livro do Amanhã e O presente, também estão na lista de mais vendidos em todo o mundo. A vez da minha vida também foi publicado no Brasil pela Editora Novo Conceito. Os livros de Cecelia Ahern são publicados em 46 países e já venderam, ao todo, mais de 13 milhões de cópias. Ela vive em Dublin com sua família. 

Promoção - Adaptações de livros nos cinemas

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Oi Gente.
O blog andou muito meio desatualizado durante um tempo e agora as coisas estão voltando ao normal. Estou fazendo alguns planejamentos para mudar umas coisas a partir do ano que vem, como novas colunas e assuntos.

Enfim, entre atualizações e desatualizações, a única coluna que continua, com algumas modificações, é “Adaptações de livros para os cinemas”, que é a coluna mensal onde eu mostro as estreias do mês que são baseadas em livros.

E para comemorar, hoje começa uma nova promoção aqui no blog. O prêmio é um livro, a escolha do leitor, que já tenha sido citado alguma vez na coluna. Para ver os livros que podem ser escolhido, é só clicar  na tag AQUI (prometo que depois faço uma lista para facilitar).

Observações importantes:
  • Não tem limite de valor, mas é importante ressaltar que é só um livro e TEM que estar em algum post. Se por exemplo, foi lançado um filme baseado em um livro e eu acabei não postando, não vale.
  • O livro será enviado em versão impressa.
  • Consultei todos os livros nas lojas online e na data de hoje, todos estão disponíveis. Se por acaso, no fim da promoção o livro não estiver disponível em nenhuma loja, o leitor terá de escolher outro, no mesmo esquema.
    Boa sorte!
a Rafflecopter giveaway

Os Adoráveis - Sarra Manning

domingo, 13 de outubro de 2013


Autora: Sara Manning
Editora: Novo Conceito

Jeane é blogueira. Seu blog, o Adorkable, é um blog de estilo de vida — na verdade, o estilo de vida dela — e já ganhou até prêmios na categoria “Melhor Blog sobre Estilo de Vida”. Adora balas Haribo, moda (a que ela cria, comprando em brechós) e colorir (ou descolorir totalmente) os cabelos. Cheia de personalidade e meio volúvel, ainda assim Jeane é bacana — mesmo nos momentos em que se transforma numa insuportável. Mas, certamente, ela não olharia duas vezes para Michael. Porque Michael é o oposto de Jeane. Ele é o tipo de cara que namoraria a garota mais bonita da escola. E compra suas roupas na Hollister, na Jack Wills e na Abercrombie. Além disso, diferente de Jeane, que é autossuficiente, Michael é completamente dependente do pai, o Clínico Geral que condena açúcar, e ainda permite que sua mãe compre suas roupas! (Embora, para Jeane, o pior mesmo sobre Michael é que ele baixa música da internet e nunca paga por isso). Jeane e Michael têm pouco em comum, além de algumas aulas e uma maçante dupla de “ex” — Scarlett e Barney. Mas, apesar disso, eles não conseguem se desgrudar desde que ¬ ficaram pela primeira vez.

Desculpem o trocadilho tosco, mas Os Adoráveis é um livro adorável.

Jeane é uma garota estranha, com um estilo próprio e que não se importa em ser diferente nem faz questão de se misturar com as pessoas 'normais' ou populares. Michael é o oposto de Jeane. Um garoto bonito, cobiçado pelas garotas da escola e que usa roupas de marca.

Jeane é dona do blog Adorkable, um blog sobre estilo de vida, mais especificamente sobre o seu estilo de vida, que sempre compra roupas em brechos, pinta os cabelos de cores estranhas e essas coisas.

A personagem é bem construída e eu adoro gente estranha, porque também sou meio estranha. Ela tem opiniões fortes e faz questão de deixar claro o seu ponto de vista. Não faz questão de se misturar com as pessoas da escolas. É uma personagem que não se importa com a opinião dos outros e acha que o importante é ser quem você é. Em alguns pontos ela chega a ser chata, porque tudo bem ter a sua opinião e defendê-la, mas tem que ter um certo limite no modo como as coisas são colocadas.

Em determinado momento, como a própria sinopse diz, ela e Michael acabam se envolvendo. Essa é a parte contraditória, porque por ser uma pessoa que acha que o importante é fazer o que quer independente da opinião alheia, ela não quer que ninguém saiba do 'romance' dos dois justamente por causa dessas opiniões. Já Michael não quer que ninguém saiba porque Jeane é um odiada por várias pessoas, além de não ser bonita e ele é do tipo que se preocupa com a opinião alheia.

Em um ponto do livro, a Jeane faz uma palestra sobre o estilo de vida Adorkable, e eu achei muito bacana os ideais e também que muita coisa se encaixa no momento atual em nosso contexto Brasil. Claro que a ideia não era essa, mas o Adorkable é muito parecido com várias coisas que vimos há pouco tempo atrás nas manifestações pelo país. Não cabe aqui discutir sobre as manifestações, mas achei que a ideia é parecida, só que no caso de Jeane, trata-se de buscar isso como estilo de vida.


"O ethis central por trás do Adorkable é realmente sobre a comemoração de uma cultura adolescente que não tenha sido criada por grandes corporações, para que eles não possam nos vender um monte de porcarias das quais não precisamos e as quais não queremos.
... Nós não queremos sua moda passageira de confecções com condições de trabalho sub humanas, nós vamos aprender a fazer nossas próprias roupas.
Mas  mais do que tudo, não queremos os futuros pequenos e miseráveis que o governo e nossos pais têm desenhado para nós. Nós vamos viver nossos próprios sonhos."
Pág. 266 e 267


Eu diria então que todos ou muitos de nós desejamos ser um pouco Adorkables também. Os ideias dos dorks não são o pensamento da maioria das pessoas de nossa geração?

Claro que o livro tem alguns clichês e dramas adolescentes, mas de um forma geral é muito bacana. No fim do livro acontecem algumas coisas que eu achei um pouco sem sentido tendo em vista a personalidade que a personagem demonstrou ao longo da história, mas depois tiveram outras mudanças e tudo se encaixou em um contexto bacana, que deixa uma reflexão de que as vezes tomamos algumas atitudes que achamos ser as certas, mas que nem por isso nos fazem felizes e nunca é tarde para buscar essa felicidade.

O mais bacana do livro é que ele traz uma crítica social, sobre como deixamos de fazer muitas coisas para tentarmos nos enquadrar na sociedade, sobre como é importante ser a gente mesmo e correr atrás do que se deseja e várias outras coisas. E tudo isso sem ser pesado e com várias partes de humor. Super indico o livro.

"Adorkable dá voz a quem está sentado em seu quarto ou pelos cantos, ou que está tentado arduamente se ajustar. Mas, adivinhem? Vocês não tem que se ajustar. Vocês não precisam ser ninguém além de quem vocês realmente querem ser. Algumas vezes, nós nos esquecemos de que não há lei que diz que é preciso ser o que os outros esperam que venhamos a ser". Pág. 380.
 

 

Adaptações de livros nos cinemas - Outubro

sábado, 12 de outubro de 2013

ObsessãoAdaptação do livro Paperboy, de Peter Dexter. Ward  é jornalista de um grande jornal e precisa retornar para sua pequena cidade para fazer a cobertura da prisão de Hillary Van Wetter, acusado e condenado à morte pelo assassinato do xerife local. Os problemas começam quando Jack, seu irmão mais novo, começa a se envolver com Charlotte, mulher misteriosa e mais velha, que mantinha contato com o prisioneiro.
Estréia em 04/10






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Corda Bamba - Baseado no livro homônimo de Lygia Bojunga, Corda Bamba conta a história de Maria, uma menina de 10 anos que nasceu no circo, filha de equilibristas, e que precisa lidar com uma difícil passagem em sua vida. Ela vai morar com a avó, na cidade, e não consegue lembrar de seu passado. Da janela do seu quarto Maria atravessa sobre uma corda bamba para a dimensão do imaginário, onde irá recuperar sua memória e encontrar a possibilidade de seguir adiante.
Estréia em 11/10

O amor mora ao lado - Debbie Macomber

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Autora: Debbie Macomber
Editor: Novo Conceito
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Lacey Lancaster sempre quis ser esposa e mãe. No entanto, depois de um divórcio bastante doloroso, ela decide que é hora de dar um tempo em seus sonhos e seguir sozinha mesmo. Mas não tão sozinha: sua gatinha abissínia, Cléo, torna-se sua companhia de todas as horas. Até é uma vida boa — um pouco aguada, é verdade — a de Lacey. A não ser por seu escandaloso vizinho, Jack Walker. Quando Jack não está discutindo, sempre em voz muito alta, com sua namorada — com quem insiste em morar junto — está perseguindo seu gato, chamado Cão, pelos corredores do prédio. E Cão está determinado a conseguir que a gatinha Cléo sucumba aos seus avanços felinos. Jack e Cão são realmente muito irritantes. Mas acontece que a primeira impressão nem sempre é a que fica.




O amor mora ao lado é um livro com poucas páginas e de leitura rápida (Rápida mesmo, em pouco mais de um hora dá para terminar).

A história é leve e nos apresenta Lacey, uma mulher que passou por um divórcio e ficou um pouco 'traumatizada' com os homens, e o vizinho Jack, que está sempre brigando com uma mulher no apartamento ao lado. Devido a um 'relacionamento entre os gatos de cada um, eles acabam se aproximando.

A leitura é bem leve, como já citei, e prende a atenção por ser divertida e pela narrativa fácil. Porém, por ser um livro com poucas páginas, não há um aprofundamento maior nos personagens ou em seus dramas e histórias. Tudo é apresentado e desenvolvido em pouco tempo, de modo que quando você começa a se envolver, já terminou.

Particularmente, esperava me envolver mais com a história ou ter uma identificação maior com os personagens. Apesar de já esperar pelo final, também esperava um poco mais de 'meio' antes desse fim.

O livro é uma espécie de comédia romântica e a história é bem previsível, como todo (ou quase todo) romance. Apesar disso, a história é fofa e quem gosta de animais vai se divertir com os gatos de Lacey e Jack. É um livro bom para passar o tempo, para ler no caminho para a escola ou trabalho, sem grandes pretensões.

No final a autora traz algumas receitas para se preparar para os gatos. Fofo não é? Quem tem animais pode praticar seus dotes culinários para os felinos.