Anjo Caído - Daniel Silva

terça-feira, 22 de abril de 2014

Autor: Daniel Silva
Editora: Arqueiro
Páginas: 272
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Após quase ser morto em sua última missão, o ex-agente israelense Gabriel Allon não quer mais pensar no serviço de inteligência. Dedicando-se a seu trabalho como restaurador de arte, ele se refugia no Vaticano para dar nova vida a uma das maiores obras-primas de Caravaggio. Certa manhã, ele é chamado à Basílica de São Pedro pelo monsenhor Luigi Donati, o poderoso secretário pessoal do papa Paulo VII. Sob o magnífico domo de Michelangelo, jaz o corpo de uma linda mulher. A polícia suspeita de suicídio, mas Donati não acredita nessa hipótese e pede a Gabriel que investigue discretamente o caso. Ele só recomenda que Allon fique atento à regra número um do Vaticano: “Não faça perguntas demais.”
Gabriel logo fica sabendo que a mulher descobriu segredos perigosos que ameaçam uma organização global envolvida com o comércio ilegal de antiguidades. Sem saber aonde sua caçada o levará, ele precisa impedir um atentado devastador que mergulharia o mundo em um conflito apocalíptico.

Esse é o livro 12 da série Gabriel Allon (não sei se esse é o nome da série). Apesar de ser uma série e de ser o livro 12, não é necessário ter lido os anteriores para entender a história, já que são independentes, mas com o mesmo personagem.

Gabriel Allon é um ex-agente israelense e está trabalhando como restaurador de arte no Vaticano. Durante o trabalho, uma curadora de arte é encontrada morta e Gabriel começa a investigar o caso, que a polícia trata como suicídio. Para desvendar o crime, Gabriel é levado a vários lugares durante a investigação e percorre diversas cidades e países, como Jerusalém, Israel, Roma, Vaticano, entre outros.

O livro traz várias informações sobre organizações e sobre situações históricas, que é muito bacana de acompanhar, como o Hezbollah, a bíblia e a própria igreja. Eu particularmente gosto de livros com histórias sobre espionagem e teorias da conspiração envolvendo a igreja e organizações criminosas. 

Durante a investigação Gabriel descobre uma organização global e muito grande por trás do assassinato da curadora, que é quando ele é levado para esses lugares que eu citei atrás de pistas. Cada capítulo é nomeado com a cidade onde está se passando o fato, o que ajuda para que o leitor não fique perdido no meio de tantos lugares.

O caso central é maior do que se pensava a princípio e durante a leitura somos apresentados a diversas situações diferentes e a todo um contexto histórico muito bem trabalhado. 

O livro mistura mistério, aventura, suspense e a narrativa é fácil de acompanhar. Por ser em terceira pessoa é muito mais fácil entender as situações, já que quando um grupo aparece, sempre tem uma história por trás para ser contada, e se fosse pelo ponto de vista de um personagem íamos perder várias coisas. 

No fim do livro tem a 'nota do autor', onde ele explica quais coisas são reais, quais foram inventadas, quais foram baseadas em fatos em reais, quais foram modificadas e até quais são especulações mas não se tem certeza. Além de explicar, o autor contextualiza citando alguns fatos históricos. 

O livro não é perfeito, claro. Em algumas partes o autor é muito detalhista e a história fica um pouco cansativa, além de um pouco confusa em algumas partes devido a situações que se desenvolvem de forma paralela. Essas mesmas situações paralelas também são um ponto positivo e o livro é muito bem trabalhado, de forma que tudo contribui para o desfecho. 

Logo no início, há um mapa do Vaticano e de Jerusalém com alguns lugares citados no livro marcados. Para quem gosta de livros suspense, investigação, história e arte é uma boa pedida.

"- É melhor ter pensamento positivo.
- Eu sempre prefiro focar no pior resultado possível.
- Por quê?
- Motivação - explicou mikhail. - Se eu imagino um rabino preparando meu cadáver para o enterro, fico mais motivado a fazer meu trabalho direito." Pág. 188 

Quando eu era Joe - Keren David

terça-feira, 15 de abril de 2014


Autora: Keren David
Editora: Novo Conceito
Páginas: 318

Imagine o que é perder, em uma única noite, sua casa, seus amigos, sua escola e até mesmo o seu nome. Aos 14 anos, Ty presencia um crime bárbaro num parque de Londres. A partir desse momento, tudo muda para ele: a polícia o inclui no programa de proteção a testemunha, e Ty é obrigado a assumir uma vida diferente, em outra cidade. O menino ingênuo, tímido, que costumava ser a sombra do amigo Arron, matricula-se na nova escola como Joe. E Joe não poderia ser mais diferente de Ty: faz sucesso com as meninas, torna-se um corredor famoso... Joe é tão popular que acaba incomodando os encrenqueiros da escola.
Ser Joe é bem melhor do que ser Ty. Mas, logo agora, quando ele finalmente parece ter se encaixado no mundo, os atentados e ameaças de morte contra sua família o obrigam a viver no anonimato, em fuga constante e sob a pressão de prestar depoimentos sobre uma noite que ele gostaria de esquecer.


Quando eu era Joe é o primeiro livro de uma série livro e conta a história de Ty, um garoto de 14 anos que presenciou um assassinato e devido a ameças, é inscrito em um programa de proteção a testemunhas e precisa mudar de cidade, de nome, de aparência.

A história é narrada em terceira pessoa e começa com Tyler contando sobre o crime e como terá que se mudar. Durante a história ficamos sabendo mais sobre como foi o assassinato que Ty viu e como as coisas aconteceram para que tudo chegasse ao ponto que esta sendo narrado.

A primeira coisa que me chamou a atenção no livro foi a temática. Já vi alguns filmes sobre proteção a testemunha, mas nunca li nada sobre o assunto. A narrativa prende a atenção e é muito interessante acompanhar a história de Ty.

Nem imagino como deve ser ter que largar tudo para trás e recomeçar a vida como outra pessoa, em um lugar desconhecido, com pessoas desconhecidas e a parte que eu considero mais difícil é mudar totalmente de personalidade. Como se faz isso da noite para o dia?

"Como se escolhe o que levar quando dizem que você pode nunca mais voltar para sua casa? Penso nas pessoas que perderam tudo em enchentes, tsunamis e terremotos, gente que vemos nos noticiários em campos de refugiados porque seus países estão em guerra. Imagino que seus problemas são tão grandes que provavelmente elas não têm tmepo para se preocupar com uma fotografia ou um brinquedo velho. Acho que, em uma situação de crise, coisas pequenas não têm mais importância". Pág. 10

Ty adota o nome de Joe e, por ser um adolescente, fica empolgado com alguns aspectos da nova vida. Ele sempre foi um garoto tímido e de repente passou a ser popular e fazer sucesso com as meninas, então começa a aproveitar as oportunidades, o que acaba chamando atenção de outras pessoas.

Joe tem algumas atitudes um pouco irracionais, mas ao longo do livro percebemos como ele tem um gradativo amadurecimento e começa a entender melhor a gravidade da situação e no que suas atitudes podem implicar. Até relevei algumas coisas, porque acredito que na mesma situação eu também ficaria meio 'louca' com tudo.

Outro ponto muito bacana, é que apesar de ser ficção, a história não é irreal, já que esse tipo de coisa acontece muito. Claro que não ficamos sabendo sobre as pessoas em proteção, mas é comum vermos casos de pessoas que são ameaçadas e as vezes até morrem quando pretendem testemunhar em algum caso.

A história prende a atenção e dá para ler o livro super rápido sem perceber. Tem muito suspense, drama, mas também tem romance. No fim do livro tem o primeiro capítulo do próximo livro da série e dá para ficar ainda mais curioso pela continuação.