Eu sou o número quatro - Pittacus Lore

Autor: Pittacus Lore

Editora: Intrinseca

Nove bebês aliens estão se escondendo entre os seres humanos, eles fugiram de seu planeta natal, Lorien, para se esconder na Terra. Uma espécie invasora, os Mogadorians, destruíram seu planeta, e seguiram eles a Terra para caçá-los. Cada um dos nove aliens é dado a um tutor para desenvolver seus poderes sobre-humanos enquanto se tornam adultos e lhes são atribuídos números. Estas últimas crianças de Lorien só pode ser mortas na sequência de seus números.

Nove de nós escaparam...
O Número Um foi morto na Malásia.
O Número Dois foi assassinado na Inglaterra.
O Número Três foi perseguido e capturado no Quênia.
Antes de ir atrás dos outros, eles virão atrás de mim.
Eu sou o Número Quatro.


Para começar, achei a temática diferente. Nunca li nada sobre aliens, então eu tinha boas expectativas sobre esse livro, e ele não correspondeu.

O começo do livro foi bem interessante. Apesar de não ter muita ação, ele é mais explicativo. O que é necessário, já que é o primeiro livro de uma série e precisamos entender um pouco sobre a história. O começo fala sobre a vinda dos lorienos para a Terra, sobre as tatuagens e sobre a morte dos números 1,2 e 3.
Quando o número Três  morre, o número Quatro sabe que será o próximo. Para fugir dos mogadorianos, ele e seu cepan Henri se mudam para uma cidadezinha em Ohio e assumem novas identidades: Número Quatro passa a se chamar John. Chegando na cidade, alugam uma casa e John começa a frequentar a escola como qualquer adolescente normal.


E é aí que começa o problema. No caso, foi aí que eu me forcei a continuar lendo. Mais especificamente, quando começa o romance entre John e Sara. 
Não entendi muito bem o que fez John se apaixonar por Sara (como se fosse possível entender o porque das pessoas se apaixonarem), mas o fato é: ela é uma personagem sem sal e o romance dos dois não me convenceu. E nessa parte do livro, teve um excesso de cenas casal/escola que fez o livro ficar muito parado e cansativo. Sem contar o fato de que o personagem ficou cego e burro, que parecia que em vez de amadurecer, regrediu. Foram vários capítulos descrevendo o dia a dia de John na escola, voltando pra casa e assim sucessivamente. Eu até gosto de histórias High School, mas que se desenvolvam. Nessa parte do livro, parece que toda a história de Lorien e os Mogadorianos ficou pra segundo plano.
É na escola também que John ganha um amigo: Sam, o garoto tímido/estranho que é meio aficcionado por alienigenas  e vai ganhando espaço no decorrer da história.  Sam foi o personagem que eu mais gostei, apesar de nerd excluído, ele é o mais divertido dos personagens. Menção honrosa também pra Bernie Kosar, o cachorro de estimação.

O livro só ganha ação mesmo nos últimos capítulos. Nessa parte o livro é interessante e consegue prender a atenção.  Ainda assim, algumas coisas ficaram meio mal explicadas e outras não fizeram muito sentido. Os mogadorianos são descritos como 'os caras' e não foi isso que pareceu. Tem também algumas pontas soltas no final, que é o gancho para o próximo livro.

Apesar das criticas, o livro não é de todo ruim. Só achei que a temática poderia ter sido melhor explorada.
Alienigenas não é um tema muito comum e eu achei que faltou desenvolver mais esse lado e focar menos no romance. Não sou contra o romance, mas ocupou desnecessariamente boa parte da história enquanto algumas situações importantes foram descritas muito superficialmente.
O grande problema é que o livro é narrado em primeira pessoa, então tudo o que sabemos é o que John narra, e ele não sabe muita coisa. No final do livro também seria interessante saber como se desenvolve a luta entre os outros personagens e novamente só fica focado no lado de John.
Outro ponto negativo também é que os autores tentaram humanizar demais o personagem, e com isso a história toda virou um imenso clichê e o personagem um chato que poderia passar despercebido se não fossem os seus legados.
Quem não tem muitas expectativas, vale a pena ler. Ele cumpre bem o papel de romance teen, só não corresponde a todo bafafá que foi criado.