Drive - James Sallis

sábado, 21 de julho de 2012



Autor: James Sallis
Editora: Leya


Ele não é hábil com as palavras, muito menos ágil nos movimentos, mas dirige como um filho da mãe. Um cara misterioso, conhecido apenas como Piloto, é um dublê de cenas automobilísticas em Los Angeles. Mas não um simples dublê, ele é o melhor no que faz. Como apenas os cachês de Hollywood não são suficientes, Piloto acaba virando um motorista de fuga, e nessa rota direto para a confusão, após um roubo mal-sucedido e com uma mala com milhares de dólares, Piloto se envolve numa alucinante caçada em que ele é o alvo. Uma história envolvente e eletrizante de um dublê e sua vida dupla no mundo do crime.




“Eu dirijo. Isso é tudo que faço. Não fico sentado enquanto você planeja a coisa ou a prepara.  Você me diz onde começamos, em que direção devemos ir, para onde devemos seguir depois, em que horário. Não me meto, não conheço ninguém, não ando armado. Eu dirijo.” Pág. 20

 O livro conta a história de um dublê de filmes, motorista  e piloto de fuga. O personagem não tem nome, a forma como somos apresentados a ele é somente ‘piloto’.

Piloto ganha a vida dirigindo. Como no trecho citado acima, ele não participa diretamente dos assaltos, a única coisa que faz é dirigir. Em um desses assaltos algo sai errado e ele passa a ser um dos alvos.

O piloto é um personagem nada cativante. A forma como ele é descrito é de um personagem que não se importa com muitas coisas, não é de muitas palavras e não se relaciona muito bem com outras pessoas. Eu o classificaria como um personagem frio e indiferente. No decorrer do livro conhecemos um pouco mais sobre o personagem e como ele entrou pro mundo da velocidade, mas não tem muitos detalhes sobre sua vida ou alguma outra coisa que faça ter uma identificação com o personagem.

Depois de um assalto dar errado e ele passar a ser um alvo, começa uma dupla caçada: os assaltantes atrás dele e ele atrás dos assaltantes. E é também nessa parte que conhecemos um outro lado do piloto, com algumas atitudes que deixam ele na linha entre ser o mocinho ou o vilão, um anti-herói.

A narração é em terceira pessoa e muito confusa. O livro não segue uma uma ordem cronológica. Do passado somos jogados pro presente e de volta pro passado, sem uma ordem lógica ou alguma coisa que faça identificar de imediato onde exatamente estamos e quando conseguimos nos localizar muda tudo de novo. 

Além do piloto existem vários outros personagens, esses com nome, mas que não são tão importantes e nem muito apresentados, o que misturado a narração me fez ficar perdida. São tantos nomes que eu quase nunca sabia quem era quem. Em um momento aparece um personagem, depois sai de cena e quando volta eu já nem lembrava quem ele era mais. 

Drive foi adaptado para o cinema, e claro, tem várias diferenças do livro, mas não vem ao caso agora. Só citei o filme, porque logo que terminei de ler o livro eu assisti e consegui entender muitas coisas. Diferente do livro, o filme segue a ordem cronológica, o que já esclarece muitas coisas. E os outros personagens são mais facilmente reconhecidos, não sei se por terem um rosto ou por não ter uma mistura de personagens o tempo todo. E diferentemente do livro eu gostei do filme e isso acabou me fazendo dar um pouco mais de crédito ao livro.

De qualquer forma eu aconselho quem ler o livro a ver o filme depois para encaixar melhor os fatos. Mas de modo geral, não é um livro que me empolgou.

Comentários via Facebook

11 comentários:

  1. Oi, Glaucea!
    Assim que vi a capa do livro não me atrai por ele, quando li a sinopse continue não gostando muito e quando li sua resenha percebi que gostaria de ver essa história mais em um filme do que num livro. Essa história, para mim, se encaixam mais em filmes e acredito que foi justamente o que aconteceu com esse livro. Ótima resenha! :D

    Beijos,
    Bianca - www.epilogosefinais.co.cc

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    1. O livro é cinematografico, ele constrói cenas em nossa mente, por isso o cineasta o adaptou as telas creio eu.
      Leia novamente o trecho em que descreve o acesso de ira da mãe dele, é brilhante!!! Aquela parte em que ele tenta despistar os caras e literatura de qualidade, mais ou menos assim " subia o viaduto, descia, então ultrapassava pela direita, seguia na contramao., Não importa oque ele fizesse, o mustang continuava atrás dele. Como uma memória ruim. Algo que não o deixava esquecer " a parte do elevador no filme é puro talento do diretor, no livro passou um pouco despercebido.

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  2. Oi, Glau!
    Ainda não li o livro. Vi o filme dia desses e gostei muito. Gosto muito do autor desde do filme "O diário de uma paixão"
    Super indico o filme ^^

    Beijokas

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  3. Não consegui me sentir instigada pela obra, ainda mais com seus comentários bem sinceros e concisos (gostei disso). Mas como opiniões divergem, quem sabe tem gente que não curta? É bom ver esse lado também... enfim.

    Um abraço!
    http://universoliterario.blogspot.com.br/

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  4. Adorei o quote que você separou Glau! Me animou haha'
    Mas pelo que eu vi o livro não foi tão bom... Acho que escolheria só ver o filme mesmo.

    Beijos
    Geê - almaleitora.blogspot.com

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  5. Esse não é um livro que me atrai muito, de verdade. :/ Talvez eu veja só a adaptação, que parece ser um daqueles filmes que são bons para serem vistos naquelas tardes sem nada pra fazer.

    Um beijo,
    Luara - Estante Vertical

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  6. Olá! Achei seu blog um amoor! *-*
    Meu blog é novo e resolvi dar uma passada por alguns blogs. Estou seguindo-a.
    Abraços!
    Fanie.

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  7. Olá.
    Poxa, que pena que não gostou tanto assim do livro. Eu não tenho muito interesse em ler não, talvez possa assistir ao filme, mas ler.. sei não .-. UASHAUHSUAHS Adorei, adorei a resenha.

    Beijos, Vanessa.
    This Adorable Thing

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  8. Já tinha visto a capa do filme, mas não sabia que era livro. Pelo que você cita, parece uma história superficial, não me atraiu muito não.

    Beijos

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  9. Boa noite Glaucia,

    Confesso que apesar da sua ótima resenha esse livro não me empolgou..... tem resenha nova no blog, passa lá....abçs.

    http://devoradordeletras.blogspot.com.br/

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  10. Oi
    Nossa pelo que eu entendi esse liro parece ser bem confuso nao sei se me animo a ler não...
    Bjksss
    Raquel Machado
    Leitura Kriativa
    http://leiturakriativa.blogspot.com.br

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