Axolotle Atropelado - Helene Hegemann

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Autora: Helene Hegemann
Editora: Intrínseca
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“Vidas terríveis são a maior das felicidades”, desabafa Mifti em seu diário. Aos dezesseis anos, ela assumiu sua condição de “garota-problema” participante da cena underground de Berlim, onde mora desde a morte da mãe. A narrativa de suas experiências, radicalmente influenciadas pelo uso de drogas diversas, faz o leitor mergulhar em uma sequência de acontecimentos paradoxais e incomuns. Em sua busca por uma parceria e por uma compreensão incondicional, ela encontra um mascote exótico e surpreendente: o axolotle — uma espécie de salamandra mexicana que, por um defeito genético, permanece em estado larvário, sem se desenvolver. Com uma linguagem poderosa e inteligente, Helene Hegemann traz em Axolotle atropelado uma torrente de situações nas quais o sonho, o pesadelo e a realidade nua e crua se mesclam, e nem mesmo se diferenciam: apontam para um interessante jogo de intertextualidade e de referências que marca essa novíssima autora da literatura contemporânea.



"Tenho 16 anos e no momento não estou em condições de fazer nada além de, apesar do cansaço colossal, querer estabelecer relações que não tenham nada a ver com a sociedade em que desempenho um papel de aluna depressiva. Estou em Berlim. Trata-se das minhas paranoias." (Pág.22)


Desconexo e completamente confuso.

O livro conta a história de Mifti, uma adolescente de 16 anos, órfã e viciada em drogas. Na verdade não ‘conta’ exatamente uma história. O livro apresenta fatos desconexos da mente drogada de Mifti, que não dá pra saber o que é real é o que é imaginação da personagem.

A personagem escreve em um diário e as situações não seguem uma ordem cronológica ou qualquer tipo de ordem que ligue um ponto a outro. A linguagem por diversas vezes é baixa, com vários palavrões e também com frases em inglês que se misturam e não fazem sentido. Por diversas vezes não dá para saber quem está falando o que, se é pensamento ou viagem da Mifti e qual o sentido de tudo.

A narrativa é confusa e não apresenta a carga dramática que é comum a livros com essa temática. Não é possível se identificar com a história, com os personagens ou estilo de vida. Os personagens secundários quase não aparecem e quando aparecem, somem da mesma forma.  O próprio Axolotle que dá nome ao livro aparece uma vez e depois é como se ele nunca tivesse sido citado.

A história começou e terminou do mesmo jeito. Não houve evolução ou mesmo uma história. São fatos narrados que não levam a lugar nenhum. Vários trechos inclusive foram retirados de blogs que a autora lia/leu e no fim do livro tem os créditos.

A ideia é interessante, de ter a história contada através das viagens da personagem escritas em um diário, o problema é que da forma como foi escrito não fez sentido. Não houve um elemento de ligação e o leitor fica perdido.

Li até o fim na esperança de entender ou ter alguma mudança que fosse fazer sentido, mas infelizmente nada aconteceu. Pode ser que eu não tenha entendido o arco narrativo, se houve um. Já vi também pessoas dizendo que na segunda vez conseguiu entender melhor. Não vou ler uma segunda vez para saber se isso é verdade.

Em todo caso, recomendo a leitura para quem se interessar pela sinopse e gostar de temas e narrativas complexas e diferentes.

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4 comentários:

  1. Também não gosto dessa ideia de ter que ler o livro umas duas vezes para entender
    Ainda mais a gente que tem tantos livros na fila de espera, fica inviável

    Beijos
    @pocketlibro
    http://pocketlibro.blogspot.com

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  2. Oi Glau.

    Fazia tempo que não passava por aqui.
    Menina eu não conhecia este livro, é lançamento?
    Eu amoo livros escritos em forma de diário, fiquei bem curiosa para ler este.
    Só achei esta capa meio estranha.

    Beijinhos*
    http://diariodeincentivoaleitura.blogspot.com.br/

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  3. Ai, detesto livros assim, que falta nexo, não, obrigada, estou passando para frente. Isso explica porque esse livro tá sempre muiiiiito barato. KKK'
    Beijos,K.
    Girl Spoiled

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  4. Pra começar o título não me chamou a atenção, e agora lendo sua resenha, aí mesmo que não leria. Odeio pegar um livro e ele ser todo confuso, fico frustrada =s
    Beijos
    http://souseuastral.blogspot.com.br/

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